segunda-feira, 21 de setembro de 2009

No Meu Mundo

No meu mundo predominam os sonhos. Sonhos completos, com falas, diálogos, discursos, declarações de amor, reencontros, receitas de vida.

No meu mundo predominantemente há música. Variadíssimas! Como o nome do CD que acabei de gravar. Apaixonadas, dançantes, modernas, sofridas, alegres, bregas, mas sobretudo que refletem o que anda se passando com meus dias.

Nesse mundo há uma necessidade absurda de ser, ter, saber... Verbos no infinitivo! E muitas vezes eu queria viver no gerúndio, observando, ficando à mercê do vento, procurando o compasso de um coração que se parecesse com o meu.

Nesse mundo há inúmeras gargalhadas, risos soltos, sorrisos amarelos, dentes brancos, outros nem tanto, risadas guardadas esperando o momento de se tornarem livres e ecoarem pela sala, pela praça, pelo tempo.

Desse mundo e do outro também, há tantos medos, fantasmas vestidos com lençóis brancos, receios, arrependimentos, soluços baixinhos que se tornam choros contidos que se tornam prantos torrenciais.

Nesse mundo há tanto o que se falar, tanta gente pra conhecer, tanto lugar pra ir e inúmeras vezes vivemos insistindo em querer voltar no tempo e fazer a mesma coisa, com as mesmas pesssoas, no mesmo lugar, pra alimentar o cômodo, o estabelecido.

O mundo é mau! E vou me fazendo de forte, vestindo a couraça da mulher moderna, o escudo da independência.

O mundo é filme, é "Uma verdade inconveniente", é descobrir que "Ele não está tão afim de vc", é ver que "O vento levou" e ficar revendo as historinhas àgua com açúcar da TV à cabo.

O mundo é o que somos, é o que construimos e descontruimos a todo momento, é o tempo que nos damos e que distribuímos aos outros, aos que amamos, aos que nem conhecemos, aos que toleramos, aos que gostaríamos que nos amassem. O mundo é só esse espaço de tempo.