Estamos sempre revivendo o passado, reavivando, remexendo, relembrando.
Estamos sempre pegando os fatos, histórias e estórias já encardidas e desbotadas e dando uma escovada aqui, uma tinturazinha ali, remendando (ou pelo menos tentando) situações que já passaram.
Quando encontramos velhos amigos, velhos inimigos, velhos amores, quando nos sentamos pra tomar uma cerveja e contamos aqueles causos de outrora, tudo se repassa em nossas mentes como se ainda fosse engraçado, trágico, bizarro, como quando aconteceu, ou ainda como se tivesse acabado de acontecer.
Estamos sempre, de alguma forma, atrelados ao passado. Às vezes, de forma positiva, outras vezes ainda buscando exorcisar o ocorrido, mas sempre tentando encontrar quais facções de sentimentos daquele período que ainda nos constroem.
Passado... outro dia li Krishnamurti e ele fala sobre o passado, aliás, fala sobre a reação humana em relação aos fatos que já ocorreram. Segundo ele, quem se atrela ao passado corre o risco de alimentar a maior das frustrações, já que seria paralisar-se em torno de algo que não existe mais... ou que talvez nem tenha existido daquela forma.
ResponderExcluirPor outro lado, extrair do passado uma experiência de auto-conhecimento é um caminho para a libertação.
Parabéns pelo texto e pelo blog. O mundo blogueiro acaba de ganhar um olhar atento, inteligente e traduzido em uma prosa gostosa de se ler.
Manda ver!
Bjo.